segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Documentário - Ilha das Flores

Considerado um dos melhores documentários em curta-metragem do cinema brasileiro, o filme fala sobre a pobreza do povo brasileiro de forma única e irônica, através da Ilha das Flores, que serve como depósito de comida que a classe média não consome e banquete para os necessitados.


De forma ácida e com uma linguagem quase científica, o curta mostra como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos. O próprio diretor já afirmou em entrevista que o texto do filme é inspirado em suas leituras de Kurt Vonnegut ("Almoço de Campeões"/ "Breakfast of Champions") e nos filmes de Alain Resnais ("Meu Tio da América"/ "Mon Oncle d'Amérique"), entre outros.

O filme já foi acusado de "materialista" por ter, em uma de suas cartelas iniciais, a inscrição "Deus não existe". No entanto, o crítico Jean-Claude Bernardet (em "O Cinema no século", org. Ismail Xavier, Imago Editora, 1996) definiu Ilha das Flores como "um filme religioso" e a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu ao filme o Prêmio Margarida de Prata, como o "melhor filme brasileiro do ano" em 1990. Em 1995, Ilha das Flores foi eleito pela crítica européia como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século.

O curta está listado no livro "1001 Filmes para Ver Antes de Morrer", organizado por Steven Jay Schneider.


• Direção: Jorge Furtado
• Roteiro: Jorge Furtado
• Gênero: Documentário/Drama
• Origem: Brasil
• Duração: 13 minutos
• Tipo: Curta-metragem


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